sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Resumo

A partir das modernas concepções pedagógicas, procura-se definir o sujeito e seu papel na construção do conhecimento. Nossos hábitos e costumes são impostos pelo ambiente sociocultural, e nossa capacidade de escolha é limitada. A psicologia aplicada às massas pelo viés religioso induz à servidão voluntária. A concepção de mundo, em todos os aspectos, é um direito inalienável do sujeito. O coletivo se impõe ao indivíduo e o torna passivo e submisso às regras sociais. A educação para a vida autônoma passa pela reavaliação dos conhecimentos adquiridos prematuramente, na infância, e não examinados de modo crítico, na vida adulta. A prerrogativa do pátrio poder confere aos pais legitimidade na escolha da religião para os filhos? Ou esta escolha deve ser puramente subjetiva? 

Durkheim e Chauí são autores que contribuem com premissas teóricas de organização da sociedade, facultando sua articulação com minha crítica aos princípios religiosos que imprimem submissão, padronização ou homogeneização dos sujeitos. Montaigne revela a importância da educação infantil, como pressuposto para constituição do sujeito. Hume, Freud e Nietzsche realizam críticas à presença do pensamento religioso na formação humana. 

Freud afirma que a formação religiosa avilta a inteligência brilhante da criança e a transforma em pessoa intelectualmente atrofiada, na vida adulta. Por que algumas pessoas acreditam em milagres, no poder da oração e na revelação divina e outras aceitam a mediunidade e a reencarnação, mas, em ambos os casos, não admitem examinar com rigor e desassombro a legitimidade de suas crenças. A intensa atuação das igrejas cristãs no campo da assistência social torna imperceptível, ou melhor, oculta a fragilidade do arcabouço teológico que sustenta a doutrina, facilitando a conquista de novos fiéis (ver Conclusão). 

As hipóteses sobre o envolvimento dos educandos de Pedagogia com as práticas religiosas e crenças do senso comum foram confirmadas. A posição do educador diante dos modelos consagrados pela cultura. O estranhamento como instrumento de reflexão e sintonia com a realidade. O educador acrítico não concilia teoria e prática no processo pedagógico, porquanto não existem nele condições ideais e inerentes à práxis educativa. Como a assunção de um perfil crítico pode proporcionar aos profissionais de educação papel relevante na constituição de sujeitos. Religião e Educação. Educação Libertadora. Encontro de Casais com Cristo. Education and Religion.
SUMÁRIO   

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